Brasil vence Itália no tie-break e conquista o 12º título no Grand Prix

12:51 Yeshua Bittencourt 0 Comments

Foto: FIVB/Divulgação
Após quase ser eliminado da competição, o Brasil chegou na decisão do Grand Prix e mostrou que o trabalho em equipe é fundamental no voleibol. Enquanto a Itália tinha Egonu como bola de definição, a seleção brasileira jogava em conjunto. E quando o todo funciona, a seleção verde e amarela não costuma aliviar contra o adversário. Assim, a equipe do técnico José Roberto Guimarães venceu as italianas por 3x2 (26/24, 17/25, 25/22, 22/25 e 15/8) e alcançou o 12º ouro na competição. Tandara e Natália marcaram 22 pontos na partida. Egonu fez 29.

Com o bom desempenho de Drussyla e Adenízia no jogo da semifinal, o Brasil iniciou a partida com as duas em quadra, e com Roberta, Tandara, Natália, Bia e Suelen fechando o time titular. A vitória na primeira parcial foi apertada, mas a entrada de Carol no bloqueio foi fundamental para o Brasil virar o set e fechar.

O bom volume de jogo apresentado no primeiro set sumiu na segunda parcial. O passe começou a falhar e a defesa italiana cresceu. O bloqueio brasileiro também não foi efetivo e as viradas de bola da Itália tornaram-se frequentes. Com um Brasil apático em quadra e com as mudanças não surtindo efeito, as europeias fecharam o segundo set na tranquilidade.

A ponteira Drussyla começou bem a partida, mas no terceiro set foi substituída por Rosamaria quando o Brasil perdia por 8x5. A passagem da jogadora do Camponesa/Minas no saque foi fundamental para a virada brasileira, quando o time perdia por 19x15 na parcial. Rosamaria quebrou o passe italiano, proporcionando contra-ataques para o Brasil, e ainda marcou duas vezes no fundamento. Depois disso, foi o bloqueio brasileiro que resolveu apareceu: Bia, Natália e Adenízia acharam o tempo de ataque de Egonu e conseguiram parar a oposta italiana. Além disso, a entrada da líbero Gabi no lugar de Suelen deu mais volume de jogo no fundo de quadra.

Apesar da virada no terceiro set, o Brasil voltou a errar na quarta parcial. Assim, Macris entrou no lugar de Roberta e Carol substituiu Adenízia. Contudo, o saque brasileiro, que estava quebrando a boa linha de recepção italiana, não estava fazendo efetivo. Assim, a levantadora Malinov armava as jogadas com tranquilidade pelo lado europeu. No fim do set o bloqueio do Brasil ainda funcionou, e, Egonu, pressionada, errou ataques. A seleção de José Roberto ainda ganhou dois pontos no desafio, mas a Itália, que abriu uma larga vantagem, confirmou a superioridade no set.

No tie-break, o conjunto brasileiro não deixou a Itália jogar. Tudo funcionou na seleção: saque forçado, bloqueio com posicionamento correto, defesa armada e definição de contra-ataques. Tandara, que estava meio sumida até o terceiro set veio forte na jogada pipe, assim como Natália pela entrada de rede. Com a seleção jogando redondinho, a Itália entrou em dificuldade e as jogadoras europeias ficaram inseguras no passe e na virada de bola. O Brasil abriu 7 pontos e os ataques de Egonu já não eram suficientes para a virada italiana. Desse modo e com uma ajuda de Lucia Bosetti, que sacou para fora, o Brasil comemorou o 12º título no Grand Prix.

PREMIAÇÕES INDIVIDUAIS

A Federação Internacional fez boas escolhas para as melhores na Fase Final da competição. Só lamento que a oposta Tandara não tenha recebido nenhum prêmio, pois foi a jogadora brasileira mais regular durante a competição. Abaixo, as premiações por posição;

Melhor levantadora: Ding (CHN)
Melhor oposta: Boskovic (SER)
Melhor ponteira 1: Zhu (CHN)
Melhor ponteira 2: Natália (BRA)
Melhor central 1: Bia (BRA)
Melhor central 2: Rasic (SER)
Melhor líbero: De Gennaro (ITA)
MVP: Natália (BRA)*

* O prêmio de MVP poderia ter sido de Tandara ou Natália. As duas jogaram bem, mas acredito que o critério de "desempate" para a premiação foi o conjunto e eficiência de cada atleta nos fundamentos. Tandara é uma jogadora de definição, e por isso, não participa da linha de passe; já Natália, além de definir, tem uma função importante no passe e no sistema defensivo. Sem contar a boa participação no bloqueio.

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