Há duas semanas eu fiz um texto criticando a falta de treinamento da seleção masculina do Pan-Americano. Mas parece que o time realmente não precisava. No último sábado (04) a equipe foi campeã ao aplicar 3x0 (25/23, 25/13 e 25/22) na Argentina. O ponteiro Honorato foi o MVP.

É fato que assim como o Brasil, os outros países com mais expressão no cenário mundial, abdicaram de seus times titulares para a competição e apostaram em jovens atletas com um outro da seleção principal. O Brasil sobrou com o oposto Darlan inspirado, o líbero Maique comandando o fundo de quadra e o ponteiro Honorato regular, constânia esta que lhe rendeu o prêmio de MVP.

Convenhamos que o tempo de treinamento foi pouco e o nível técnico da competição não foi lá essas coisas, mas Juba, técnico interino, soube dosar a individulidade de cada jogador e isto fez a diferença. Na final, a substituição de Darlan, muito marcado, por Felipe Roque, e Thiaguinho no lugar de Brasília, foi o principal acerto de Juba. O Brasil virou a parcial e colocou a confiança do time argentino em xeque. Nem Facundo Conte e Bruno Lima, peças do time titular, conseguiram reerguer seus companheiros.

Vimos uma seleção brasileira leve, unida, sem estrelismos; um grupo harmônico, apesar do poquíssimo tempo junto. Algo que faltou na seleção principal nesta temporada, que jogou sempre pressionada.

Não basta dar oportunidade para os mais jovens em momento de sufoco, mas no decorrer da caminhada. E reconhecer quando os mais experientes não estão bem.

Que seja assim na próxima temporada. Parabéns, Brasil. De volta ao topo do Pan depois de 12 anos.