Brasil é vice-campeão da Liga Mundial 2017
Foto FIVB/Divulgação |
O torcedor que compareceu a Arena da Baixada no fim de sábado (8) assistiu uma partida incrível, digna de uma decisão da Liga Mundial. Porém, para as mais de 23 mil pessoas que estavam no local, o desfecho não foi o esperado. A França venceu o Brasil por 3x2 (21/25, 25/15, 25/23, 19/25 e 15/13) e foi campeã da competição pela segunda vez. O curioso é que a mesma equipe conquistou o primeiro título também no Brasil, em 2015, no Rio de Janeiro.
O técnico Renan Dal Zotto lamentou a derrota, mas afirmou que o grupo se entregou 100% desde o início da temporada. "O grupo se manteve forte, unido e agradeço isso a cada um deles. Eles se entregaram. Faltou muito pouco. Mas é o esporte. Temos que trabalhar muito forte para trilhar um bom caminho. Fizemos o que tinha de ser feito, e agora, o que aconteceu de certo e errado, é fazer uma avaliação para crescer cada vez mais", analisou.
Bruninho também lamentou o resultado da partida e do ponto que Ngapeth conseguiu, na sorte, através de uma defesa. Além disso, o levantador ainda explicou que a França é uma das equipes a serem batidas no mundo, e, por isso, deve-se valorizar que o adversário teve méritos para a conquista.
Sobre a lição que o campeonato trouxe, o capitão da seleção analisou que "a gente (seleção) continua chegando entre os melhores. Apesar de ser um grupo com novas peças, a gente tá chegando, mas temos muito a melhorar no trabalho desenvolvido no dia-dia pela equipe. Temos que sair de cabeça erguida", finalizou o campeão olímpico.
O JOGO
O jogo foi decidido nos detalhes. O Brasil iniciou a partida com um saque agressivo e um sistema defensivo certo para definir as oportunidades de contra-ataque com Wallace e Lucarelli. Além disso, a França parecia nervosa e errava mais do que o costume na primeira parcial. Contudo, no segundo set o ponteiro Ngapeth resolveu jogar e a defesa francesa tocava em todas as bolas brasileiras, gerando contra-ataques. Assim, a França não teve muita dificuldade em vencer a parcial.
O terceiro set contou com uma França forte e um Brasil querendo se reerguer após uma segunda parcial morna. Contudo, o Brasil conseguiu encaixar um estilo de jogo variando os saques e complicando a virada de bola francesa. Assim, aos poucos, a seleção chegou no marcador, mas o esforço não foi o suficiente para frear o ataque de Ngapeth.
No tudo ou nada, o Brasil arriscou todas as armas no quarto set e conseguiu impor um ritmo de jogo igual o do primeiro set. Duas mudanças chamaram atenção: a entrada do líbero Tiago Brendle na defesa, deixando o companheiro de posição, Thales, responsável pelo passe, e a permanência de Éder no lugar do central Maurício Souza, que foi substituído no início da parcial anterior. Foi nesse set que Éder parou um ataque de Ngapeth, levando a torcida ao delírio e dando moral à equipe brasileira.
A Arena da Baixada esperava um tie-break acirrado. De um lado, o jejum de sete anos sem um título na Liga Mundial, do outro, uma seleção que cresceu nos últimos anos e estava com o Brasil "engasgado" por ter sido eliminada nas Olimpíadas Rio 2016.
No início do quinto set, o Brasil chegou a abrir 3x1, sendo dois pontos em erros da França. A vantagem chegou a 7x4, mas os franceses empataram em dois erros brasileiros e em um ponto de bloqueio. O Brasil ainda criou uma vantagem em 10x8 com um bloqueio de Éder, mas Ngapeth fez um ponto de defesa, na sorte, deixando a França com dois pontos de vantagem (11x13). Após isso, só ocorreu troca de pontos e para a tristeza do torcedor brasileiro, o deca campeonato foi adiada mais uma vez.
SELEÇÃO DA COMPETIÇÃO
Melhor levantador: Toniutti (FRA)
Melhor oposto: Wallace (BRA)
Melhor ponteiro 1: Lucarelli (BRA)
Melhor ponteiro 2: Ngapeth (FRA)
Melhor central 1: Le Roux (FRA)
Melhor central 2: Graham (CAN)
Melhor líbero: Blair (CAN)
MVP: Ngapeth (FRA)
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